Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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Segundo dados do Boletim Económico de Outubro de 2020, publicado pelo Banco de Portugal, o PIB português registou uma quebra acumulada de -17,2% nos dois primeiros trimestres de 2020, maior do que a observada na zona euro (-15,1%). O Banco de Portugal estima uma redução do PIB de -8,1% no final de 2020, fruto de uma redução acentuada da atividade. Na fase de recuperação, antecipa-se que os setores ligados ao turismo e a serviços mais expostos aos contatos pessoais tenham uma recuperação particularmente lenta, devido à incerteza sobre a resolução do problema sanitário. Em 2020, o Banco de Portugal projeta um aumento da taxa de desemprego para 7,5%. Numa perspetiva global, o Banco de Portugal aponta para a previsão da ETC/Tourism Economics, onde é estimado que só em 2023 deverá ser atingido o número de chegadas de turistas internacionais registado em 2019. Consulte aqui o Boletim Económico de Outubro de 2020
Um estudo apresentado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), realizado pela consultora Ernst & Young e pela Sérvulo Associados alerta para a quantidade excessiva de taxas fiscais aplicadas em Portugal. O estudo refere que em 2017, Portugal ocupava a 11ª posição entre os Estados-Membros da União Europeia, representando os impostos 20% do volume de negócios das empresas, quando em 2008, ocupava a 16ª posição, naquela que foi a quinta maior subida neste período. No total, são cobradas mais de 4300 taxas, das quais 2900 estão no âmbito da Administração Central do Estado. A multiplicidade de cobranças implica, por vezes, a existência de várias taxas sobre a mesma realidade. A CIP aponta a falta de transparência na definição de taxas, salientando inclusive a falta de enquadramento legal de muitos desses tributos e o desconhecimento, assumido por algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias. Consulte aqui o estudo
Em agosto de 2020, mais de 15,6 milhões de pessoas encontravam-se em situação de desemprego na União Europeia, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 7,4%. Especificamente na zona Euro, essa taxa chega aos 8,1% (mesmo valor que foi registado em Portugal para o mês de agosto), representando um total de 13,2 milhões de desempregados. O desemprego jovem apresenta valores mais preocupantes, com taxas de desemprego de 17,6% na União Europeia e 18,1% na zona Euro. Saiba mais aqui
Prorrogação do período de carência da Linha de microcrédito do Turismo de Portugal – De acordo com as condições da linha de microcrédito do Turismo de Portugal, as empresas que obtiveram o financiamento inicial entre março e abril, irão terminar o período de carência em plena época baixa (março e abril de 2021), com enormes constrangimentos de tesouraria para poder cumprir com estas obrigações. A AHRESP defende a prorrogação do período de carência por mais 6 meses para todos os contratos em vigor (passando de 12 para 18 meses), aumentando o respetivo prazo de reembolso de 3 para 4 anos.
O Turismo de Portugal lançou um programa que pretende incentivar a procura em época baixa e criar hábitos de consumo de turismo em Portugal. Afirmando-se como um instrumento de política pública para alavancar a retoma económica, apoiando o negócio das empresas turísticas e a manutenção do emprego, o programa TuPodes promove descontos diretos aos consumidores, até 50% do seu preço base com comparticipação pública e privada em partes iguais, até ao limite 25€/experiência e de 50€/alojamento/dia. A AHRESP será parceira desta iniciativa, procedendo à divulgação e à angariação de propostas/ofertas (nomeadamente de experiências gastronómicas) a publicitar na plataforma tupodes.visitaportugal.pt. É sem dúvida uma iniciativa interessante, todavia e infelizmente, a medida não será ampla o suficiente para conduzir aos excelentes resultados que o programa britânico Eat Out to Help Out atingiu, apoiando o consumo na restauração através de um desconto direto, simples e ágil – pago depois pelo Estado às empresas – de 50% no valor da fatura no valor máximo de 11 euros