INQUÉRITO IMPACTO COVID-19 INE + BANCO PORTUGAL

Resultados 1ª quinzena de Maio

O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal lançaram o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), inicialmente com frequência semanal, tendo passado em maio a ser divulgado quinzenalmente. O objetivo é identificar os efeitos da pandemia na atividade das empresas. Esta informação é necessária para que se possam reconhecer tendências e perspetivar linhas a seguir para minorar impactos económicos, nomeadamente sobre as próprias empresas.

Apresentam-se de seguida o resumo dos resultados da 1ª quinzena de maio, com destaque para o impacto no Alojamento e Restauração.

RESUMO GLOBAL DOS RESULTADOS: 1ª quinzena de maio

  • A proporção de empresas em funcionamento aumentou para de 84% para 90%, face à quinzena A percentagem de empresas encerradas temporária ou definitivamente continuou a ser significativamente mais alta no setor do Alojamento e restauração (56%);
  • 70% das empresas respondentes continuam a reportar uma diminuição no volume de negócios, sendo essa redução superior a 50% para 46% destas empresas. O setor do Alojamento e restauração destaca-se com maior percentagem de empresas a referir reduções no volume de negócios (86%), seguindo a tendência do mês anterior. Comparando com a 2ª quinzena de abril, uma parte considerável das empresas assinala uma estabilização (36%) ou uma variação pequena (36%) do volume de negócios. A evolução das encomendas/clientes foi o principal fator referido pelas empresas com redução do volume de negócios neste período, enquanto a alteração das medidas de contenção foi o motivo mencionado com maior frequência pelas empresas que reportaram aumentos;
  • Verificou-se igualmente uma diminuição das empresas que reportaram ter uma redução do pessoal ao serviço. Uma percentagem significativa das empresas (44%) indicou ausência de impacto da pandemia no pessoal ao serviço. Todavia, 64% das empresas do Alojamento e restauração continuam a registar reduções de mais 75% de pessoal ao serviço. A redução do número de pessoas em layoff foi o principal motivo referido pelas empresas que reportaram um aumento no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar;
  • 54% das empresas respondentes tinham pessoas em regime de teletrabalho na 1ª quinzena de maio (na semana de 27 de abril a 1 de maio, a percentagem era de 58%) e 46% das empresas referiram ter pessoal a trabalhar em presença alternada nas instalações da empresa devido à pandemia;
  • A maioria dos respondentes apontou a indisponibilidade de material de proteção individual, as restrições no espaço físico e os custos elevados como situações muito relevantes ou relevantes para a dificuldade de cumprimento dos requisitos para a retoma da atividade;
  • À exceção do layoff simplificado, a proporção de empresas que não prevê o recurso a medidas de apoio anunciadas pelo Governo voltou a aumentar, face às semanas anteriores. O Alojamento e restauração volta a destacar-se dos restantes setores e continua a registar proporções superiores de empresas que já beneficiaram ou com intenções de beneficiar das medidas de apoio.

Consulte aqui os resultados

AHRESP - Inquérito INE+BdP - Impacto COVID-19 - Primeira quinzena de maio - 20.mai.2020 596 KB
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