Capitalização e liquidez das empresas é urgente: AHRESP reúne com o Governo e propõe medidas
A AHRESP, em audiência decorrida com a Secretária de Estado do Turismo e com o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, apelou ao reforço das medidas existentes e desenho de novas medidas para apoiar a restauração e similares e o alojamento turístico. Face à atual situação pandémica, está em causa a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho de setores especialmente impactados pelos efeitos da COVID-19. Empresas devem ser compensadas de forma acrescida e diferenciada, em função da especificidade das suas atividades.
Desde o início da atual situação pandémica, a AHRESP tem vindo a propor medidas que considera essenciais para assegurar a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho das nossas atividades económicas.
Com as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico a registar meses consecutivos de graves prejuízos e níveis de faturação próximos de zero, a AHRESP considera fundamental o reforço urgente das medidas de apoio existentes e a concretização de medidas específicas para o apoio ao emprego, à liquidez e à capitalização das empresas da restauração e similares e do alojamento turístico.
Reconhece-se o esforço que o Governo tem tido na criação de mecanismos de apoio à economia mas, dada a sua dispersão, complexidade e limitações de elegibilidade, constata-se grande dificuldade no acesso aos mesmos pela natureza do tecido empresarial das nossas atividades económicas.
Assim, a AHRESP apresentou uma proposta de Medidas, as quais defendem:
- Apoios ao Emprego:
- Acesso ao lay off simplificado pelas empresas de alojamento turístico;
- Inclusão dos sócios gerentes no lay off simplificado;
- Redução para dois escalões no mecanismo de Apoios à Retoma Progressiva;
- Alargamento do Apoio simplificado para Microempresas para outras empresas.
- Apoios à Liquidez:
- Reforço das medidas Apoiar.PT e Apoiar Restauração;
- Acesso aos apoios por parte de ENI sem trabalhadores a cargo;
- Disponibilização de apoios para empresas recentes;
- Apoios para empresas com quebras iguais ou superiores a 15%;
- Reforço e revisão dos critérios de acesso ao Apoiar Rendas;
- Alargamento dos contratos elegíveis no Apoiar Rendas;
- Isenção rendas fixas para estabelecimentos em centros comerciais;
- Dotação específica para restauração e alojamento nas linhas COVID-19;
- Conversão em fundo perdido de 20% do financiamento das linhas COVID-19;
- Prorrogação do período de carência das linhas COVID-19;
- Prorrogação do período de carência da linha do Turismo de Portugal;
- Acesso da restauração à linha para empresas exportadoras;
- Prorrogação da moratória sobre contratos bancários;
- Planos de amortização de médio e longo prazo.
- Fundo de Capitalização de Empresas
- Apoios Fiscais e Contributivos
- Moratória fiscal;
- Moratória contributiva e isenção de contribuições.
- Apoios ao Funcionamento
- Revogação da proibição de venda de bebidas em take-away;
- Funcionamento em take-away nos centros comerciais;
- Mecanismo único de acesso aos apoios;
- Contratualização de organismos intermédios para apoio às empresas.
- Plano de Recuperação e Resiliência
- Especificidade do setor do Turismo.
É este o momento de apoiar as 120.000 empresas da restauração, similares e alojamento turístico, os 400.000 postos de trabalho diretos que têm a seu cargo, e os muitos outros milhares de empresas e de postos de trabalho que dependem de nós, e da nossa existência enquanto atividade económica.
As nossas empresas são das que geram maior efeito indireto e induzido em toda a cadeia de valor, e é por isso absolutamente necessário que sejam envidados todos os esforços para que consigamos manter estas atividades, que trarão forte valor acrescentado, contribuindo para a tão aguardada recuperação do país.