Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao desemprego do terceiro trimestre em 2020, revelam que os setores do alojamento turístico e da restauração e similares já perderam quase 50 mil postos de trabalho. Uma notícia dura que significa que as medidas de apoio em vigor não estão a ter eficácia nas empresas e, consequentemente, na desejável manutenção dos postos de trabalho.
A AHRESP tem dito desde o início que não lhe cabe contestar as medidas sanitárias, porque não tem conhecimento técnico nem informação suficiente para avaliar as formas de combate à propagação da COVID-19.
Naturalmente que essas medidas condicionam e provocam um impacto muito negativo na atividade económica, pelo que se torna necessário uma compensação justa e adequada às necessidades das empresas. Estamos cientes de que os recursos financeiros não são inesgotáveis, todavia os efeitos provocados pela insolvência e despedimento em massa terá, mais tarde, inevitáveis consequências nas contas públicas.
A AHRESP sempre apresentou propostas de solução ao Governo, designadamente nos domínios dos apoios à tesouraria das empresas a fundo perdido, da isenção de rendas comerciais e da proteção mais adequada do emprego, privilegiando sempre o diálogo construtivo e permanente.
Mantemos a esperança de que o Governo continue a manifestar disponibilidade para ouvir e trabalhar com as estruturas associativas organizadas, procurando soluções equilibradas que ajudem a diminuir os efeitos perversos desta pandemia. Com isso, podem os seus representados continuar a confiar no decisivo papel que às suas associações é reconhecido.
Mário Pereira Gonçalves
Presidente da AHRESP
Mensagem publicada originalmente no Manual de Negócios AHRESP Nº12