Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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Que impacto tem o turismo na economia, na pegada ambiental e na vida dos açorianos? É possível conciliar a procura crescente pelo destino sem perder o valor sustentável? Estas foram as questões lançadas pela jornalista Marta Silva no Grande Debate sobre Turismo Sustentável nos Açores, transmitido em direto pela RTP Açores, no dia 7 de dezembro.
Cláudia Chaves, presidente da delegação da AHRESP nos Açores, foi uma das convidadas e começou por destacar o facto de nos primeiros nove meses de 2023 o arquipélago ter recebido quase um milhão de hóspedes, tanto como nos 12 meses de 2022. “Isso é excelente, são números que dão confiança ao mercado e mostram que é indiscutível a importância que o turismo tem para os Açores”. Ou seja, “o turismo é bom para todos, alavanca a economia e não faz concorrência a nenhuma outra atividade na região”, destacou a responsável, reforçando que “queremos um turismo pujante, forte, e há espaço para isso, pois estamos longe de estar massificados”.
Sobre a questão da empregabilidade, Cláudia Chaves salientou a mudança no padrão de contratação, com um foco crescente nos contratos a tempo inteiro: “Há cada vez menos contratos temporários, as empresas que estão no turismo estão a usar a mão de obra a tempo inteiro, e isso acontece porque sentimos confiança nos números do turismo e é por aí que todo o setor do alojamento e restauração se está a direcionar e a investir.”
Questionada sobre a via para o crescimento sustentável, a presidente da delegação da AHRESP, enfatizou a importância da comunicação eficaz com as autoridades. “A AHRESP tem comunicado incessantemente com o governo regional, o governo central, com o turismo de Portugal e com as associações existentes na região, exatamente para promovermos os consensos e estabelecer estratégias nesse sentido”, pois, como realçou, “o turismo deve ser sustentável e beneficiar a população local”.
Cláudia Chaves terminou a sua intervenção, reforçando a mensagem de que “o turismo é fundamental para a região (voltar atrás não faz sentido nenhum)”, mas tendo sempre em vista “a sustentabilidade, a criação de riqueza, e os benefícios para as pessoas, para os habitantes da região, de forma que todos se sintam satisfeitos, principalmente que sintam que têm trabalho para o futuro dos seus filhos”.