Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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Em entrevista ao 360º, RTP1, a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, defende que, apesar do “enorme esforço” feito para aumentar os salários nos setores de atividade representados pela associação, “é necessária a diminuição da carga fiscal e contributiva sobre o rendimento do trabalho para tornar o setor mais atrativo”
“Nos nossos setores de atividade é difícil aos profissionais conciliarem a sua vida profissional com a vida familiar, com os amigos, com os períodos de lazer. E sem dúvida que estes aspetos definem cada vez mais o perfil do novo trabalhador, que valoriza estes aspetos, pois trabalham em contraciclo – enquanto os outros estão a gozar os seus períodos de lazer, nós estamos a trabalhar.
Relativamente aos salários, o setor fez um upgrade enorme, a AHRESP negoceia sempre contratação coletiva com os sindicatos destes setores de atividade afetos à CGTP e à UGT. Fizemos um aumento na ordem dos 8%. Há um esforço enorme para atualizar os salários, e há que ressalvar que, em cima destes 8%, há muitas empresas que fizeram ainda aumentos maiores. E só não se faz um esforço maior, porque convém dizer que há uma carga fiscal e contributiva muito grande sobre o rendimento do trabalho: nós estamos a falar do turismo, uma atividade de mão de obra intensiva, e não há outra que empregue tantos trabalhadores, portanto, o peso da carga fiscal e contributiva no trabalho é muito maior do que outros setores de atividade.”