Boletim Diário AHRESP (BDA 397) – 25.10.2021

 

INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS

Inquérito AHRESP

No âmbito da inquirição que a AHRESP tem vindo a realizar às empresas do alojamento turístico e das empresas da restauração e similares, estão já disponíveis os resultados referentes ao mês de setembro de 2021.

O inquérito, que decorreu entre os dias 30 de setembro e 17 de outubro de 2021, obteve um total de 724 respostas válidas (341 na restauração e similares e 383 no alojamento turístico).

– Restauração e similares – Principais conclusões:

FATURAÇÃO

  • 49% das empresas registaram quebras na faturação de setembro, face ao mês homólogo;
  • 16% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

EMPREGO E CONTRATAÇÃO

  • Desde o início do ano, 67% das empresas sentiram necessidade de contratar novos colaboradores;
  • Destas, 91% sentiram dificuldades na contratação;
  • 58% das empresas assumem não ter funcionários suficientes para assegurar a melhor qualidade do serviço;
  • 56% das empresas tiveram de adiar investimentos no negócio por terem dificuldades em contratar recursos humanos.

BALANÇO DO VERÃO

  • 55% das empresas indicam que o verão de 2021 foi melhor que o de 2020, enquanto 23% afirmam ter sido pior;
  • A maioria das empresas (74%) teve o mercado nacional como cliente principal;
  • Apenas 10% das empresas indicam ter registado faturação suficiente no período de verão para aguentar os meses de época baixa:

PERSPETIVAS PARA O 4.º TRIMESTRE DE 2021

  • 54% das empresas estão otimistas na retoma da atividade após o levantamento da maioria das restrições;
  • Porém, 40% das empresas acredita que a aceleração da atividade só irá acontecer a partir do 2º trimestre de 2022, enquanto 18% prevê que tal aconteça apenas a partir do 3º trimestre de 2022;
  • 34% das empresas assumem que não conseguem manter o negócio até ao final do ano, se os apoios não forem reforçados.

MORATÓRIAS BANCÁRIAS

  • No final de setembro de 2021, 45% das empresas tinham créditos em moratória;
  • Destas, 26% assumem não conseguir retomar os pagamentos a partir de outubro e 35% não sabem se conseguem;
  • Apenas 10% negociaram com sucesso a reestruturação dos seus créditos com os bancos;
  • As condições pouco vantajosas (64%) e a pouca flexibilidade do banco (55%) foram as principais dificuldades na negociação.

 

 – Alojamento turístico – Principais conclusões:

FATURAÇÃO

  • 42% das empresas registaram quebras na faturação de setembro, face ao mês homólogo;
  • 11% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

TAXAS DE OCUPAÇÃO

  • Em setembro, 7% das empresas não registaram qualquer ocupação e 7% indicaram uma ocupação até 10%;
  • Para o mês de outubro, 11% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero e 16% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%;
  • Considerando as reservas que as empresas de alojamento já têm para o 4.º trimestre de 2021, os principais mercados emissores serão Portugal (referido por 58% das empresas), Espanha (43%), França (34%) e Alemanha (32%).

EMPREGO E CONTRATAÇÃO

  • Desde o início do ano, 32% das empresas sentiram necessidade de contratar novos colaboradores;
  • Destas, 78% sentiram dificuldades na contratação;
  • 17% das empresas de alojamento assumem não ter funcionários suficientes para assegurar a melhor qualidade do serviço;
  • 31% das empresas tiveram de adiar investimentos no negócio por terem dificuldades em contratar recursos humanos.

BALANÇO DO VERÃO

  • 61% das empresas indicam que o verão de 2021 foi melhor que o de 2020, enquanto 14% afirmam ter sido pior;
  • 43% das empresas teve o mercado nacional como cliente principal, enquanto 18% indicam ter sido 50/50;
  • Apenas 21% das empresas indicam ter registado faturação suficiente no período de verão para aguentar os meses de época baixa.

PERSPETIVAS PARA O 4.º TRIMESTRE DE 2021

  • 62% das empresas estão otimistas na retoma da atividade após o levantamento da maioria das restrições;
  • Porém, a maioria das empresas (58%) acredita que a aceleração da atividade só irá acontecer a partir do 2º trimestre de 2022, enquanto 17% prevê que tal aconteça apenas a partir do 3º trimestre de 2022;
  • 14% das empresas assumem que não conseguem manter o negócio até ao final do ano, se os apoios não forem reforçados.

MORATÓRIAS BANCÁRIAS

  • No final de setembro de 2021, 35% das empresas tinham créditos em moratória;
  • Destas, 30% assumem não conseguir retomar os pagamentos a partir de outubro e 23% não sabem se conseguem;
  • Apenas 12% negociaram com sucesso a reestruturação dos seus créditos com os bancos;
  • A pouca flexibilidade do banco (65%) e as condições pouco vantajosas (38%) foram as principais dificuldades na negociação.

Consulte o estudo completo aqui

 

Confederações pedem audiência ao Presidente da República

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) têm vindo a discutir em sede de Concertação Social o tema da “Agenda do Trabalho Digno e Valorização dos Jovens no Mercado de Trabalho”.

Segundo comunicado emitido pelas confederações, o Governo não manifestou qualquer disponibilidade para discutir propostas, demonstrando “uma enorme insensibilidade às preocupações do tecido empresarial”.

No dia seguinte ao término das discussões de Concertação Social, foi aprovado, em Conselho de Ministros uma Agenda que “(…) não só contempla os temas objeto de discussão em concertação social, como inclui ainda as designadas “novas medidas”, nomeadamente, as relativas ao aumento das compensações nos contratos a termo e o aumento do valor a pagar pela prestação de trabalho suplementar, o que constitui um claro atropelo e desrespeito por um efetivo processo de concertação social (..)”. CAP, CCP, CIP e CTP decidiram, assim, suspender a sua participação nas reuniões da Comissão Permanente de Concertação Social, CPCS e solicitar uma audiência ao Sr. Presidente da República para comunicar de uma forma clara as suas discordâncias e preocupações. Consulte o comunicado aqui

 

Europe Travel Awards: Portugal em destaque nos prémios europeus do Turismo

Foram revelados os vencedores dos Europe 2021 Travel Awards. Portugal, através do Algarve e dos Açores, arrecadaram os prémios de ‘Europe’s Leading Beach Destination’ e de ‘Europe’s Leading Adventure Tourism Destination’.

O Turismo de Portugal venceu na categoria de ‘Europe’s Leading Tourist Board’, o Dark Sky Alqueva, Portugal & Spain venceu o prémio para Turismo Responsável, os Passadiços do Paiva o galardão de ‘Europe’s Leading Adventure Tourist Attraction 2021’ e o terminal de cruzeiros de Lisboa foi considerado o Melhor porto de cruzeiros da Europa.

Várias marcas portuguesas venceram em outras categorias. Recorde-se que Portugal ainda está nomeado para melhor destino do mundo nos “Óscares” do Turismo da World Travel Awards, cuja votação decorreu até 24 de outubro. Os vencedores serão revelados em novembro.

Para ver a lista completa de nomeados dos World Travel Awards, clique aqui

Para ver os vencedores dos Europe Travel Awards, clique aqui

 

Descontos nos combustíveis através do IVAucher

O Governo aprovou um pacote extraordinário de medidas sobre os combustíveis para fazer frente ao aumento dos preços.

Entre as medidas já tomadas, destacam-se a devolução do ganho extra de IVA pelo aumento do preço final de venda ao público dos combustíveis, refletindo-se, para já, em dois cêntimos na gasolina e um cêntimo no gasóleo. Esta medida será alvo de uma monitorização semanal e representa um custo de 90 milhões de euros.

O Governo também já tinha decidido conter o preço da eletricidade para as famílias e para as empresas. No mesmo âmbito, será também atribuído a cada contribuinte um desconto de dez cêntimos por litro de combustível até 50 litros por mês entre novembro de 2021 e março de 2022.

O desconto será operacionalizado através da plataforma IVAucher, devolvendo-se o valor deste desconto na conta bancária após o primeiro consumo mensal elegível. Saiba mais aqui

Medidas ahresp

Cerimónia de tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da AHRESP no dia 29 de outubro

No dia 29 de outubro, pelas 17h00 (e não às 15h, como anunciado anteriormente), no CCB (Sala Luis de Freitas Branco), em Lisboa, será realizada a cerimónia de tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da AHRESP (Mesa da Assembleia-Geral, Conselho Fiscal e Direção), assim como das Comissões Diretivas dos Setores de Atividade e das Comissões Diretivas Distritais, para o triénio 2021-2024, na sequência das eleições realizadas no passado dia 30 de setembro.

O programa do evento será divulgado em breve.

 

É urgente novo reforço orçamental do programa ADAPTAR Turismo

Após a abertura de candidaturas a 21 de outubro, no dia 22 de outubro pelas 19 horas, o Turismo de Portugal veio anunciar o encerramento das candidaturas ao programa ADAPTAR Turismo, devido ao esgotamento da dotação orçamental prevista.

Durante a tarde da passada sexta-feira, a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, anunciou o reforço da dotação do programa em 5 milhões de euros, face à elevada procura. Porém, passadas poucas horas desse anúncio, a dotação volta de novo a ser atingida, pondo fim à receção de novas candidaturas, o que revela a manifesta insuficiência dos fundos alocados a este programa.

Devido a várias dificuldades no acesso à plataforma nos meros dois dias em que o programa esteve aberto, múltiplos empresários não conseguiram submeter a sua candidatura.

É, por isso, absolutamente essencial que a dotação do programa seja rapidamente reforçada, de forma significativa. A elevada procura pelo programa ADAPTAR Turismo demonstra a resiliência e determinação da Atividade Turística, bem como a propensão para o investimento, numa tentativa de melhorar a competitividade das empresas.

Esta é uma área de atividade com provas dadas na capacidade de alavancar a recuperação económica do nosso país, pelo que é muito importante que o Governo conceda às nossas empresas os instrumentos necessários para iniciarem a retoma da sua atividade.

 

Venda de sacos não pode ser abaixo do preço de custo

Desde dia 1 de julho que é proibida a disponibilização gratuita de sacos de caixa, isto é, sacos com ou sem pega, incluindo bolsas e cartuchos, feitos de qualquer material, que são destinados a enchimento no ponto de venda para acondicionamento ou transporte de produtos para ou pelo consumidor, com exceção dos que se destinam a enchimento no ponto de venda de produtos a granel.

Em momento oportuno, a Confederação do Comércio e Serviços Portugal questionou a Secretaria de Estado do Comércio e Defesa do Consumidor, relativamente à admissibilidade de venda abaixo do preço de custo dos designados sacos de caixa.

Reproduz-se em baixo parte da resposta daquela Secretaria de Estado:“(…)todos os bens colocados à venda devem respeitar o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de Dezembro, nos termos do qual “É proibido oferecer para venda ou vender um bem a uma empresa ou a um consumidor por um preço inferior ao seu preço de compra efetivo, acrescido dos impostos aplicáveis a essa venda e, se for caso disso, dos encargos relacionados com o transporte, excetuando-se as situações previstas no n.º 11 deste artigo. Não se enquadrando a questão da venda de sacos de caixa naquelas exceções, não deverá efetuar-se a venda dos mesmos abaixo do preço de custo.”