Boletim Diário AHRESP (BDA 281) – 11.05.2021

 

INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS

Inquérito AHRESP

No âmbito da inquirição mensal que a AHRESP tem vindo a realizar às empresas do alojamento turístico e das empresas da restauração e similares, estão já disponíveis os resultados referentes ao mês de abril de 2021. O inquérito, que decorreu entre os dias 30 de abril e 10 de maio de 2021, obteve um total de 807 respostas válidas (382 na restauração e similares e 425 no alojamento turístico).

 

Restauração e Bebidas – Principais conclusões:

FATURAÇÃO:

  • 52% das empresas de restauração registaram um quebra superior a 40% na faturação de abril, face ao mês homólogo;
  • Em maio, face às estimativas de faturação, 32% das empresas não vão conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
  • 26% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

SALÁRIOS E EMPREGO:

  • 11% das empresas não conseguiram pagar salários em abril, e outras 11% apenas pagou uma parte;
  • Desde o início do estado de emergência, 40% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 59% reduziram o quadro de pessoal até 25%, e 21% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
  • 7% das empresas assumem que não vai conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final de junho.

LAY-OFF SIMPLIFICADO:

  • 81% das empresas já recorreram ao lay-off simplificado;
  • Das que não recorreram, 58% optaram pelo Apoio à Retoma progressiva e 16% não está a recorrer a estes apoios para poder efetuar despedimentos.

APOIOS À TESOURARIA:

  • 69% das empresas beneficiaram do Programa Apoiar;
  • Destas, 89% referem que os apoios a fundo perdido recebidos foram fundamentais para a sobrevivência do negócio;
  • Sem mais apoios a fundo perdido, 31% das empresas assumem que não conseguirá manter os negócios a funcionar.

 

Alojamento Turístico – Principais conclusões:

FATURAÇÃO:

  • 40% das empresas de alojamento registaram um quebra superior a 91% na faturação de abril, face ao mês homólogo;
  • Em maio, face às estimativas de faturação, 21% das empresas não vão conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
  • 11% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

FUNCIONAMENTO E OCUPAÇÃO:

  • 19% das empresas estão com a atividade suspensa, das quais 39% não sabe quando poderá reabrir;
  • Em abril, 43% das empresas não registaram qualquer ocupação, e 27% indicaram uma ocupação até 10%;
  • Para o mês de maio, 32% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 28% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%.

SALÁRIOS E EMPREGO:

  • 22% das empresas não conseguiram pagar salários em abril, e 5% apenas pagou uma parte;
  • Desde o início do estado de emergência, 30% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 47% reduziram o quadro de pessoal até 25% e 25% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
  • 4% das empresas assumem que não vai conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de junho.

APOIO À RETOMA PROGRESSIVA:

  • 42% das empresas já recorreram ao Apoio à Retoma Progressiva;
  • Das que não apresentaram candidatura, 36% não recorreram por não ser elegível, 31% foi por opção própria.

APOIOS À TESOURARIA:

  • 55% das empresas beneficiaram do Programa Apoiar;
  • Destas, 93% referem que os apoios a fundo perdido recebidos foram fundamentais para a sobrevivência do negócio;
  • Sem mais apoios a fundo perdido, 22% das empresas assumem que não conseguirá manter os negócios a funcionar.

Inquérito completo aqui

 

SET esclarece dúvida sobre distanciamento nos eventos corporativos

A Secretaria de Estado do Turismo emitiu um esclarecimento sobre distanciamento nos eventos, entendendo que, na ausência de orientações da DGS, se pode aplicar aos eventos corporativos com a natureza de conferências, seminários, palestras ou similares, realizados em locais com as caraterísticas de auditório, sala de espetáculos, anfiteatros, sala de congresso ou semelhantes, a regra prevista na subalínea i) da alínea b) do nº 1 do artigo 30º da Resolução do Conselho de Ministros nº 45-C/2021, de 30 de abril, que estabelece que os lugares ocupados devem ter um lugar de intervalo entre espetadores. Consulte aqui o DRE

 

Volume de negócios nos serviços recupera em março, mas Alojamento, Restauração e Similares continua com forte redução

Segundo o relatório do INE sobre os Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços, o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma variação homóloga nominal de 0,7% em março, recuperando 20,6 pontos percentuais face ao mês precedente. Em termos homólogos os resultados refletem parcialmente a comparação com um mês já significativamente afetado pela pandemia COVID-19 (março de 2020). O primeiro trimestre de 2021 registou uma diminuição de 12,7% face ao mesmo período de 2020. O Alojamento, Restauração e Similares diminuiu 30,9% em termos homólogos, o que compara com a forte redução de 67,6% observada em fevereiro. Ainda assim, estas atividades continuam a apresentar o contributo mais negativo (-1,9 p.p.) para a variação agregada. O Alojamento diminuiu 70,4% em março e a Restauração e Similares diminuiu 19,9%. Mais informação aqui 

 

Formações Clean & Safe

O Turismo de Portugal atualizou os requisitos para adesão ao selo Clean & Safe, que se mantém opcional e gratuito, mas com conteúdos informativos reforçados e disponíveis na plataforma digital portugalcleanandsafe.com. Numa parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a NOVA Medical School, o selo atualizado resulta da evolução conhecimento em Saúde Pública adquirido nos últimos meses. Os novos aderentes devem aceder à plataforma, registar-se e submeter uma Declaração de Compromisso em como cumprem os requisitos solicitados. As formações Clean & Safe para o mês de Maio já estão marcadas. Veja aqui o calendário:

 

Intenções de viagem dos portugueses

A Revolut, plataforma global de serviços financeiros, realizou um inquérito sobre as intenções de viagem. O inquérito foi realizado a mais de 12 mil pessoas, em cerca de 10 países, entre os quais Portugal. Os resultados no nosso país, que teve como base cerca de 1000 respostas, revelam que:

  • 34% dos portugueses planeiam viajar para o estrangeiro nos próximos meses;
  • 25% querem fazer férias exclusivamente em Portugal;
  • 68% consideram importante a existência de um passaporte de imunidade para poder viajar sem restrições de maior;
  • 63% vão fazer férias diferentes do habitual devido à Covid-19, planificando-as de forma cuidadosa;
  • 64% dos inquiridos vão privilegiar estadias em hotéis, desde que cumpram criteriosas regras de segurança e higiene;
  • 47% dos clientes terão também em consideração os sistemas de saúde dos locais que pretendem visitar. Veja aqui o estudo completo.

Medidas ahresp

Melhoria de resultados insuficiente para compensar perdas

Os resultados do Inquérito AHRESP relativo a abril e os dados do INE sobre o volume de negócios apontam para uma ligeira melhoria dos resultados das empresas de restauração e alojamento turístico. Esta nova esperança não chega, no entanto, para compensar todas as perdas registadas no último ano. Perdas que não são apenas financeiras, mas também sociais, já que milhares de pessoas ficaram sem as suas empresas e sem os seus trabalhadores. Nesta nova fase é preciso, por isso, continuar a apoiar as nossas empresas direta e indiretamente, com apoios a fundo perdido, apoios fiscais, mas também incentivos ao consumo nos nossos estabelecimentos. As empresas de restauração e similares e as empresas de alojamento turístico foram as que mais sofreram com a pandemia e precisam de ajuda para conseguir, depois, apoiar a retoma do país.

 

Profissionais de turismo de Viseu vão ser testados gratuitamente

A AHRESP lançou o desafio e a Autoridade Regional de Saúde (ARS) Centro – ACeS Dão Lafões/Unidade de Saúde Pública aceitou. No dia 17 de maio, profissionais da Atividade Turística do concelho de Viseu podem realizar testes gratuitos de rastreio à Covid-19, numa ação que conta com a própria ARS e a Cruz Vermelha. Entre estas empresas estão incluídos restaurantes, cafés, bares, pastelarias e todas as tipologias de alojamento (hotéis, alojamentos locais, aldeamentos turísticos, apartamentos turísticos, conjuntos turísticos, turismo de habitação, turismo no espaço rural e turismo ao ar livre). A resposta positiva desta autoridade de saúde merece o aplauso da AHRESP, que considera que o exemplo deve ser seguido por outras entidades a nível nacional.