Boletim Diário AHRESP (BDA 216) – 08.02.2021

Informações e Esclarecimentos

 

Inquérito AHRESP

No âmbito da inquirição mensal que a AHRESP tem vindo a realizar às empresas do alojamento turístico e das empresas da restauração e similares, estão já disponíveis os resultados referentes ao mês de janeiro de 2021, que decorreu entre os dias 01 e 05 de fevereiro de 2021, tendo sido obtidas um total de 1.042 respostas válidas (559 na restauração e similares e 483 no alojamento turístico).

 

Restauração e Bebidas – Principais conclusões:

  • FATURAÇÃO:
    • 79% das empresas de restauração registaram um quebra superior a 61% na faturação de janeiro, face ao mês homólogo;
    • Em fevereiro, face às estimativas de faturação, 53% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
    • 36% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.
  • FUNCIONAMENTO:
    • 51% das empresas indicam estar com a atividade totalmente encerrada;
    • 26% estão a funcionar em take-away e delivery.
  • SALÁRIOS E EMPREGO:
    • 18% das empresas não conseguiram pagar salários em janeiro, e 18% apenas pagou uma parte;
    • Desde o início do estado de emergência, 44% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 53% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e 19% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
    • 19% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do 1º trimestre de 2021.
  • LAY-OFF SIMPLIFICADO:
    • 75% das empresas já recorreram ao Lay-off simplificado;
    • Das que não recorreram, 29% optou pelo Apoio à Retoma progressiva e 14% não vai recorrer a estes apoios para poder efetuar despedimentos.
  • PROGRAMA APOIAR:
    • 62% das empresas já formalizaram candidatura ao Apoiar.PT. Das que não o fizeram, 31% foi porque não registaram quebras superiores a 25% e 26% tinham capitais próprios negativos;
    • 20% dos ENI já apresentaram candidatura ao Apoiar + Simples. 36% indicam estar excluídos, dos quais 29% é por quebras inferiores a 25% e 17% por não ter trabalhadores a cargo;
    • 35% das empresas referem estar excluídas do Apoiar Rendas. Destes, 27% registam quebras inferiores a 25% e 17% tem capitais negativos.

 

Alojamento Turístico – Principais conclusões:

  • FATURAÇÃO:
    • 56% das empresas de restauração registaram um quebra superior a 91% na faturação de janeiro, face ao mês homólogo;
    • Em fevereiro, face às estimativas de faturação, 29% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
    • 16% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.
  • FUNCIONAMENTO E OCUPAÇÃO:
    • 31% das empresas estão com a atividade suspensa, das quais 36% não sabe quando poderá reabrir;
    • Em janeiro, das empresas em funcionamento, 42% não registou qualquer ocupação, e 32% indicou uma ocupação até 10%;
    • Para o mês de fevereiro, mais de 65% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 19% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%;
    • À data de preenchimento do inquérito, apenas 12% das empresas indicaram terem reservas para o período da Páscoa;
  • SALÁRIOS E EMPREGO:
    • 26% das empresas não conseguiu pagar salários em janeiro, e 8% apenas pagou uma parte;
    • Desde o início do estado de emergência, 28% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 29% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e 34% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
    • 8% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até do 1º trimestre 2021.
  • APOIO À RETOMA PROGRESSIVA:
    • 40% das empresas já recorreram ao Apoio à Retoma Progressiva;
    • Das que não apresentaram candidatura, 29% não recorreu por não ser elegível, 28% foi por opção própria.
  • PROGRAMA APOIAR:
    • 50% das empresas já formalizaram candidatura ao Apoiar.PT. Das que não o fizeram, 20% foi porque não registaram quebras superiores a 25% e 11% tinham capitais próprios negativos;
    • Apenas 10% dos ENI já apresentaram candidatura ao Apoiar + Simples. 38% indicam estar excluídos, dos quais 60% é por não ter trabalhadores a cargo e 5% por ter quebras inferiores a 25%;
    • 21% das empresas referem estar excluídas do Apoiar Rendas. Destes, 25% o contrato não tem fins não habitacionais e 15% registaram quebras inferiores a 25%.

 Consulte aqui os resultados do Inquérito AHRESP janeiro 20121

 

Registo de plano prestacional de contribuições diferidas

Encontra-se disponível na Segurança Social Direta, de 4 a 28 de fevereiro, a funcionalidade que permite registar o pedido de plano prestacional para regularização dos montantes de contribuições diferidas relativas aos meses de novembro e dezembro de 2020.

Este plano prestacional permite aos trabalhadores independentes e às entidades empregadoras que não pagaram contribuições dos meses de novembro e/ou dezembro de 2020 proceder ao pagamento faseado dessas contribuições. Saiba mais aqui

 

WTTC apela ao fim do conceito de países de alto risco

O World Travel & Tourism Council (WTTC) fez um apelo aos governos internacionais para que abandonem o conceito de países de elevado risco, que está a prejudicar populações inteiras não infetadas.

A organização, que representa o setor privado do Turismo e das Viagens a nível internacional, acredita que o foco deveria estar nos viajantes de elevado risco e na forma como estes são tratados nas fronteiras.

Para a WTTC, a solução deve passar pelo estabelecimento de regras internacionais comuns e de uma política de testagem forte à saída e à entrada dos países. Saiba mais aqui

Medidas ahresp

Reforço urgente das medidas APOIAR.PT e APOIAR Restauração

A AHRESP defende o reforço urgente das medidas APOIAR.PT e APOIAR Restauração, que já atingiram o limite do orçamento previsto.

Perante esta situação, estão encerradas as candidaturas a estes dois relevantes mecanismos de apoio à tesouraria das nossas empresas, o que coloca em causa a viabilidade dos negócios, agravado pelo facto de estarmos em pleno período de confinamento e de encerramento das atividades.

No âmbito das candidaturas já aprovadas, os promotores podem continuar a submeter os pedidos de pagamento para recebimento do reforço relativo ao 4º trimestre de 2020 e ao 1º trimestre de 2021.

 

Reforço e revisão urgente dos beneficiários da medida APOIAR Rendas

O novo Programa APOIAR Rendas, apresentado a 10 de dezembro de 2020, onde ainda não se previa um novo confinamento geral, deixa de fora muitos beneficiários, que assim se veem privados deste importante apoio.

Por esta razão, a AHRESP defende um reforço na intensidade do apoio previsto, bem como na própria dotação global de 150 milhões. As condições de acesso a este mecanismo devem também ser revistas, nomeadamente quanto ao tipo de contrato de arrendamento que é considerado elegível, bem como quanto ao critério da quebra mínima de 25% na faturação.

A AHRESP levou a cabo um inquérito sobre esta matéria, concluindo que muitas empresas não são elegíveis para a medida APOIAR Rendas, uma vez que não detêm contratos de arrendamento para fins não habitacionais, como é o caso dos contratos de cessão de exploração e dos contratos relativos à atividade de Alojamento local, que revestem a forma habitacional.

Numa fase em que os nossos estabelecimentos estão sujeitos a restrições tão severas e comprometedoras da sua faturação, é da máxima pertinência que as condições de acesso a este mecanismo de apoio sejam revistas, de forma a incluir todas as formas contratuais de exploração comercial de imóveis.