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No caso específico do Alojamento Local, o INE apenas analisa e divulga a informação de estabelecimentos com 10 ou mais camas, o que significa que apenas é tratado 9,1% do total dos estabelecimentos de alojamento local, conforme se verifica pelo quadro seguinte:
A partir de janeiro de 2019, o INE deu início à divulgação mensal de séries sobre a atividade de alojamento turístico tendo como referência um universo mais alargado, que passa a incluir unidades de alojamento local com 10 ou mais camas e ainda os empreendimentos de turismo no espaço rural e de habitação.
No caso dos Apartamentos e das Moradias, que em conjunto representam 93,2% do total de estabelecimentos do alojamento local em Portugal, dos mesmos (79.241 estabelecimentos), apenas 5,9% (4.650 estabelecimentos) têm 10 ou mais camas.
No entanto, e pela especificidade das modalidades, os Estabelecimentos de Hospedagem e os Hostels, que representam 6,8% (5.803 estabelecimentos) do total da oferta de AL, destes, 53,5% têm 10 ou mais camas.
Se analisarmos para os extremos, verificamos que na modalidade de Apartamento apenas 2,2% têm 10 ou mais camas, ao passo que na modalidade de Hostel essa percentagem é de 92,9%, precisamente o oposto.
Ou seja, não obstante o INE passar a divulgar informação sobre o Alojamento Local, a mesma não traduz a realidade da operação deste setor de atividade, pois mais de 90% dos estabelecimentos não são considerados para efeitos desta análise e informação estatística.
De acordo com os dados divulgados pelo INE (15.março.2019), em janeiro de 2019 o alojamento turístico (1) alojou 1,3 milhões de hóspedes, o que originou um total de 3,0 milhões de dormidas, com crescimentos homólogos de +7,2% e +4,7%, respetivamente. A contribuir para esta situação, as dormidas dos residentes em Portugal cresceram +8,2% e de não residentes +3,1%.
Por mercados o destaque vai para os mercados chinês (+30,4%), norte-americano (+23,9%), canadiano (+14,7%) e irlandês (+11,3%), face a janeiro de 2018.
As dormidas por regiões apresentaram aumentos, na sua maioria, com realce para o Alentejo (+18,3%), e para o Norte (+ 10,5%), face ao ano de 2018. Pela negativa assinala-se o decréscimo homólogo, ocorrido na Madeira (-2,5%).
Os maiores crescimentos das dormidas de residentes em Portugal registaram-se no Alentejo (+22,8%), seguido dos Açores (+17,2%) e da Madeira (+16,0%). Já nas dormidas dos residentes no estrangeiro, os maiores crescimentos ocorreram na Região Centro (+13,7%), seguida da região Norte (+9,9%) e do Alentejo (+8,0%).
O RevPAR assinalou um crescimento homólogo de +4,9%, tendo-se fixado nos 24,4€, continuando a ser o valor mais alto dos últimos cinco anos.
Os proveitos totais atingiram os 162,7 milhões de € e os de aposento 114,3 milhões de € (com crescimentos homólogos de +8,7% e +8,2%, respetivamente). Todas as regiões assinalaram crescimentos homólogos nos proveitos, com destaque para o Algarve (+23,0% nos proveitos totais e +14,7% nos de aposento) e no Alentejo (+15,5% e +19,9%, respetivamente).
O alojamento local alojou 189,7 mil hóspedes, o que originou um total de 402,1 mil dormidas, com crescimentos homólogos de +6,1% e +4,4%, respetivamente.
O Turismo no Espaço Rural e Turismo de Habitação acolheu 28,4 mil hóspedes o que resultou em 52 mil dormidas, com crescimentos homólogos de +11,0% e +8,9%, respetivamente.
De salientar que o Alojamento Local representa 13,5% do total de dormidas e 15,2% do total de hóspedes.
O alojamento turístico registou, no total 24,8 milhões de hóspedes (+3,8%) que geraram 66,1 milhões de dormidas (+1,7%).
O alojamento Local contribuiu com 3,6 milhões de hóspedes, o que originou um total de 8,1 milhões de dormidas, com crescimentos de +9,1% e +8,0%, face a igual período de 2018.
Os proveitos totais, no alojamento local, atingiram os 296,3 milhões de €, o que correspondeu a um crescimento homólogo de +12,7%.
O Turismo no Espaço Rural e Turismo de Habitação, com um total de 843,5 mil hóspedes e 1,8 milhões de dormidas, teve crescimentos de +6,1% e 4,6%, respetivamente face ao ano de 2017. Os proveitos totais, atingiram os 105,2 milhões de €, o que correspondeu a um crescimento homólogo de +11,0%.
O Turismo de Ar Livre e Campismo registou 52,4 mil campistas (+14,2%), que resultaram em 220,1 mil dormidas (+5,9%), face ao período homólogo.
De referir que o número de campistas dos residentes (27,6 mil campistas), cresceu +20,0% face a janeiro de 2018, e representaram 52,7% face ao total de campistas.
No que se refere às dormidas, o mercado interno contribuiu com 85,1 mil dormidas (+7,3%), representando 38,7% do total, o mercado externo com 135,0 mil dormidas (+5,0%), e uma representação face ao total das dormidas de 61,3%.
A estada média fixou-se nas 4,20 noites (-7,3%), os residentes em Portugal contribuíram com uma média de 3,08 noites e os residentes no estrangeiro registaram uma média de 5,44 noites, face a janeiro de 2018.