Boletim Diário AHRESP (BDA 237) – 09.03.2021

 

INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS

Inquérito AHRESP

No âmbito da inquirição mensal que a AHRESP tem vindo a realizar às empresas do alojamento turístico e das empresas da restauração e similares, estão já disponíveis os resultados referentes ao mês de fevereiro de 2021, que decorreu entre os dias 01 e 08 de março de 2021, tendo sido obtidas um total de 964 respostas válidas (548 na restauração e similares e 416 no alojamento turístico).

Restauração e Bebidas – Principais conclusões:

FATURAÇÃO:

  • 83% das empresas de restauração registaram um quebra superior a 61% na faturação de fevereiro, face ao mês homólogo;
  • Em março, face às estimativas de faturação, 52% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
  • 35% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

FUNCIONAMENTO:

  • 57% das empresas indicam estar com a atividade totalmente encerrada;
  • 43% estão a funcionar em take-away e/ou delivery.

SALÁRIOS E EMPREGO:

  • 18% das empresas não conseguiram pagar salários em fevereiro, e 14% apenas pagou uma parte;
  • Desde o início do estado de emergência, 38% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 55% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e 19% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
  • 11% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de março.

LAY-OFF SIMPLIFICADO:

  • 82% das empresas já recorreram ao lay-off simplificado;
  • Das que não recorreram, 42% optou pelo Apoio à Retoma progressiva e 8% não está a recorrer a estes apoios para poder efetuar despedimentos.

PROGRAMA APOIAR:

  • 63% das empresas já formalizaram candidatura ao Apoiar.PT. Das que não o fizeram, 31% foi porque não registaram quebras superiores a 25%, e 32% tinham capitais próprios negativos;
  • 24% dos ENI já apresentaram candidatura ao Apoiar + Simples. 42% indicam estar excluídos, dos quais 28% é por quebras inferiores a 25% e 9% por não ter trabalhadores a cargo;
  • 51% das empresas referem estar excluídas do Apoiar Rendas. Destas, 25% registam quebras inferiores a 25% e 13% têm capitais negativos.

 

Alojamento Turístico – Principais conclusões:

FATURAÇÃO:

  • 57% das empresas de alojamento turístico registaram um quebra superior a 91% na faturação de fevereiro, face ao mês homólogo;
  • Em março, face às estimativas de faturação, 28% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros);
  • 16% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.

FUNCIONAMENTO E OCUPAÇÃO:

  • 27% das empresas estão com a atividade suspensa, das quais 40% não sabe quando poderá reabrir;
  • Em fevereiro 56% das empresas do alojamento turístico não registaram qualquer ocupação, e 27% indicou uma ocupação até 10%;
  • Para o mês de março, 53% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 24% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%;
  • À data de preenchimento do inquérito, apenas 12% das empresas indicaram terem reservas para o período da Páscoa.

SALÁRIOS E EMPREGO:

  • 32% das empresas não conseguiram pagar salários em janeiro, e 8% apenas pagou uma parte;
  • Desde o início do estado de emergência, 30% das empresas efetuaram despedimentos. Destas, 35% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50%, e 36% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
  • 5% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de março.

APOIO À RETOMA PROGRESSIVA:

  • 37% das empresas já recorreram ao Apoio à Retoma Progressiva;
  • Das que não apresentaram candidatura, 35% não recorreu por não ser elegível, 26% foi por opção própria.

PROGRAMA APOIAR:

  • 52% das empresas já formalizaram candidatura ao Apoiar.PT. Das que não o fizeram, 20% foi porque não registaram quebras superiores a 25%, e 9% tinham capitais próprios negativos;
  • Apenas 12% dos ENI já apresentaram candidatura ao Apoiar + Simples. 41% indicam estar excluídos, dos quais 44% é por não ter trabalhadores a cargo e 10% por ter quebras inferiores a 25%;
  • 26% das empresas referem estar excluídas do Apoiar Rendas. Destes, 22% o contrato não tem fins não habitacionais e 11% registaram quebras inferiores a 25%. Consulte aqui os resultados do Inquérito AHRESP fevereiro 2021

 

OMT: um terço dos 217 destinos de viagem em todo o mundo está fechado

Um relatório da Organização Mundial de Turismo (OMT) revela que um terço dos 217 destinos de viagem está atualmente fechado aos visitantes internacionais devido à pandemia por COVID-19. Angola e Timor-Leste são os únicos países lusófonos atualmente fechados. O Relatório de Restrições de Viagem realça que as restrições devido à pandemia sufocam o turismo.

Para o secretário-geral da OMT, Zurab Polilikashvili, as restrições de viagens têm sido amplamente utilizadas para restringir a disseminação do vírus. Mas no momento atual, em que se tem de preparar o reinício do turismo, são precisas medidas baseadas em dados e análises mais recentes.

No entanto, a revisão deve ser “consistente para permitir o reinício seguro e responsável de um setor do qual muitos milhões de empresas e empregos dependem”. Saiba mais aqui

 

Pandemia é retrocesso na igualdade de género

No dia em que se comemorou o Dia da Mulher (8 de março), a Organização Mundial do Turismo (OMT) publicou o Inclusive Recovery Guide for women in tourism (Guia de Recuperação Inclusiva das mulheres no turismo), que reúne uma série de recomendações para empresas, decisores e atores da sociedade civil do turismo. Lembrando que o sector entra no segundo ano de uma crise sem precedentes, de acordo com a OMT, a pandemia e a queda abrupta de turistas internacionais poderá levar a um retrocesso na igualdade de género e no empoderamento das mulheres.

Os dados da OMT demonstram que as mulheres representam 54% da força de trabalho do turismo em todo o mundo, sendo as que mais sentem o choque da crise. António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, referiu: “No dia em que se comemora o Dia da Mulher, a meio de uma crise pandémica, a verdade nua e crua é esta: a crise gerada pela COVID tem a cara de uma mulher”. Saiba mais aqui

 

Transportes de passageiros reforçam queda no 4º trimestre

De acordo com os dados divulgados hoje pelo INE, no 4º trimestre de 2020, os aeroportos nacionais movimentaram 3,1 milhões de passageiros, agravando-se assim o decréscimo face ao registado no trimestre anterior.

Também no transporte de passageiros por comboio e por metropolitano registaram-se maiores decréscimos face ao trimestre anterior, com totais de 28,3 e de 33,5 milhões de passageiros movimentados, respetivamente. Saiba mais aqui

Medidas ahresp

Administração do Porto de Lisboa adota medidas adicionais de apoio ao setor da restauração e similares

Na sequência do que vinha a ser solicitado pela AHRESP, aplaudimos a decisão da APL – Administração do Porto de Lisboa, que implementou medidas adicionais de apoio às empresas, dentre as quais se destaca a isenção a 100% das taxas de utilização privativa desde janeiro do corrente ano até que vigorem as imposições legais de encerramento dos estabelecimentos (exceto para os casos em que já existe a aplicação de uma taxa bonificada, com isenção de 90%, em virtude de se encontrarem encerrados por decorrência de obras nos espaços).

 

Plano desconfinamento – saúde pública e saúde económica

Depois de ontem, na reunião do Infarmed, ter ouvido os especialistas, o Governo convocou as Confederações Patronais e Sindicais, para uma reunião de concertação social extraordinária que terá lugar amanhã.

A AHRESP defende a necessidade de um plano atempado para que as empresas consigam organizar operacionalmente as suas atividades com alguma previsibilidade, bem como medidas de apoio económico robustas, ágeis e de simples acesso.

 

Apoio da Câmara Municipal de Lisboa alargado aos empresários em nome individual no regime simplificado de contabilidade

Tal como a AHRESP sempre defendeu, o Programa de Apoio à Economia e à Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, inserido na iniciativa Lisboa Protege, foi alargado aos empresários em nome individual no regime simplificado de contabilidade, bem como às empresas com volume de negócios até um milhão de euros.

Este Programa atribui às empresas do setor da restauração um apoio a fundo perdido entre mil e 10 mil euros, consoante o volume de negócios registado em 2019. O prazo de candidaturas decorre até 31 de março de 2021. Se necessitar de ajuda não deixe de contactar a AHRESP.

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AHRESP - Fundo Lisboa Protege - 1.mar.2021 (1) 366.47 KB
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