Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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Depois de um primeiro semestre de 2021 bastante “fraco”, o turismo internacional parece ter recuperado durante o terceiro trimestre, nos meses de verão, especialmente na Europa.
Os dados mais recentes do Barómetro do Turismo Mundial da Organização Mundial de Turismo (OMT), publicados ontem, revelam uma subida de 58% nas chegadas de turistas internacionais entre julho e setembro, face ao mesmo período de 2020, mas 64% abaixo de 2019. “Os dados no terceiro trimestre são encorajadores”, afirma o secretário-geral da OMT Zurab Pololikashvili. A recuperação da procura terá sido motivada pela crescente confiança dos turistas.
Os gastos por viagem também subiram significativamente, motivados por estadias mais longas, e preços de alojamento e transporte mais caros. A OMT estima que em 2021 os proveitos do turismo internacional possam atingir entre 700 e 800 mil milhões de dólares, o que, apesar de ser melhor que em 2020, fica bastante abaixo dos 1,7 biliões de dólares registados em 2019.
Estima-se anda que o impacto do turismo para a economia mundial seja de 1,9 biliões de dólares em 2021, significativamente abaixo dos 3,5 biliões da pré-pandemia.
Para que a recuperação continue, a OMT defende que é preciso uma resposta coordenada no que respeita a restrições de viagens, protocolos de segurança e higiene harmonizados e comunicação que promova a recuperação da confiança dos consumidores, questões particularmente importantes no atual contexto de surgimento de novas variantes.
Foi apresentado o Plano Nacional para a Alimentação Equilibrada e Sustentável (PNAES).
Sob os eixos Consumo, Produção, Dieta Mediterrânica e Educação e Literacia Alimentar, a sua missão passa por estimular a produção nacional; promover a adoção de sistemas de produção e distribuição mais sustentáveis, com base nas cadeias curtas de abastecimento e nos sistemas alimentares locais; valorizar os produtos endógenos de qualidade; valorizar e salvaguardar a Dieta Mediterrânica, enquanto sistema e padrão alimentar característico do território nacional, criando e promovendo estímulos à sua adesão; e sensibilizar e aconselhar os consumidores e a população em geral para a adoção de uma alimentação nutricionalmente equilibrada e informada.
Ainda no âmbito do PNAES, vai ser lançado, já em dezembro, um Aviso com uma dotação de 5 milhões de euros – Rede Rural Nacional – Observatório da agricultura e dos territórios rurais – que tem como objetivo dotar os territórios de técnicos, nutricionistas e agrónomos, capazes de implementar um plano de ações de sensibilização e aconselhamento aos consumidores e à população dos territórios rurais, que promovam a adoção de uma alimentação saudável e económica.
A meta consiste em apoiar, a nível regional, 23 iniciativas. Para saber mais, clique aqui
No contexto da situação epidemiológica provocada pelo vírus SARS-CoV-2, designadamente do surgimento da nova variante B.1.1.529, designada Omicron e classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde, foi publicado o Despacho n.º 11740-E/2021, que determina a suspensão de tráfego aéreo para Moçambique e o cumprimento de isolamento profilático de passageiros provenientes de alguns países da África Austral.
O Despacho pode ser consultado aqui
Dois anos depois, o congresso nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) volta a realizar-se de 1 a 3 de dezembro de 2021, em Aveiro.
Considerado como um dos mais marcantes fóruns de debate sobre o turismo nacional, o Congresso da APAVT realiza-se anualmente e congrega centenas de profissionais dos mais diversos setores da atividade turística.
O Reencontro do turismo nacional é o tema do 46.º Congresso, que tem como principal objetivo dar aos seus participantes a oportunidade de se encontrarem e discutirem assuntos de elevado interesse para o turismo português: a pandemia, a recuperação económica, as tendências globais, europeias e nacionais, o futuro das agências de viagens e turismo, o transporte aéreo, as tendências dos consumidores e a capacidade da oferta, a atualidade política e a sustentabilidade e a preservação ambiental.
Para saber mais, clique aqui
A linha de microcrédito do Turismo de Portugal, criada logo no início da pandemia COVID-19, tem vindo a ser sucessivamente reforçada, revelando-se um dos principais instrumentos de apoio à tesouraria das nossas empresas.
Não obstante o Turismo de Portugal ter prorrogado o período de carência para 30 de junho de 2022 de todos os contratos cujos períodos de carência terminavam até 31 de março de 2022 (conforme Despacho Normativo n.º 8/2021 de 3 de março), a AHRESP apela para que seja efetuada uma nova prorrogação do período de carência, e que todos os contratos atualmente em vigor apenas iniciem os seus pagamentos a partir de 1 de julho de 2023.
As recentes medidas anunciadas pelo Governo, bem como o clima generalizado de perda de confiança nos consumidores e turistas, estão mais uma vez a perturbar os negócios das nossas empresas, pelo que é da maior urgência o reforço dos apoios à tesouraria, como a prorrogação do período de carência da linha do Turismo de Portugal por mais um ano.
Foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros que declara a situação de calamidade para vigorar até às 23h59 do dia 20 de março de 2022 em todo o território nacional continental, bem como as respetivas regras de funcionamento das diversas atividades económicas.
As novas regras aplicam-se já a partir do dia 1 de dezembro de 2021, estando a AHRESP a preparar informação específica exclusiva para os seus Associados, assim como a produzir novos dísticos tendo em conta as novas regras, nomeadamente de acesso aos estabelecimentos.
O diploma pode ser consultado aqui.