Carlos Moura, Presidente da AHRESP
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O desperdício alimentar é um dos principais problemas a nível económico, ambiental e social que se verifica nos dias de hoje. É uma realidade cada vez mais significativa, com valores tão elevados que surpreendem: de acordo com a FAO, cerca de 1/3 de todos os alimentos produzidos anualmente nível mundial é desperdiçado.
São necessários mais dados sobre o desperdício alimentar para que sejam tomas medidas eficazes. Neste sentido a Comissão Europeia dotou um ato delegado que estabelece uma metodologia comum de avaliação dos resíduos alimentares para apoiar os Estados-Membros na quantificação destes em cada fase da cadeia de abastecimento alimentar. Com base numa definição comum de resíduos alimentares, a metodologia garantirá uma monitorização coerente dos níveis de resíduos alimentares em toda a UE.
Embora o Ato Delegada defina o que deve ser medido como desperdício alimentar em cada etapa da cadeia de abastecimento alimentar e como isso deve ser realizado, fornece flexibilidade sobre como a recolha de dados deve ser realizada a nível nacional. Com base na metodologia, espera-se que os Estados-Membros estabeleçam um quadro de monitorização com 2020 como primeiro ano de referência, a fim de fornecer os primeiros novos dados sobre os níveis de resíduos alimentares à Comissão até meados de 2022. A estrutura de relatórios da UE ajudará a padronizar a notificação dos níveis de desperdício de alimentos pelas empresas e contribuirá para a monitorização global da Meta dos Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável.